terça-feira, 20 de outubro de 2020

( Gilherme Botelho ) O Grupo Obafemi Ajamu do Mestre Caxambu de Ribeirão Preto Juntamente com Gilherme Botelho Junior de São Paulo do mês de Junho de 2012-Brasil

 






































Mestre Caxambu de Ribeirão Preto agradece a parceria com Guilherme Botelho Junior de São Paulo

Estamos lhe enviando o calendário de afro-eventos de junho/2012 e solicitamos que além de comparecer
e prestigiar estes eventos com a vossa presença, distribua este calendário em vossa rede.
Modjumbá! Axé!
Guilherme Botelho Junior
(11) 9581-8034


R E C O N S T R U I N D O
Preparação para os 25 anos da Campanha da Fraternidade:
Povo Negro – ouvi o clamor deste povo (1988).

Neste mês, damos continuidade a desconstrução das inverdades a respeito do povo Africano, e consequentemente dos afro-brasileiros, através de texto que nos remete ao contato inicial do povo do continente africano com o cristianismo católico, anteriormente ao período escravocrata (antes do ano de 1500) desenvolvido pelas nações europeias, que nos oferece um testemunho e um alento para o nosso agir. Texto em anexo.





MEMÓRIA, MEMORIAL

DIA 05 – Dia Mundial do Meio Ambiente
DIA 16 – Ereção da Igreja de Nossa Senhora do Rosário da Penha de França.
DIA 25 – Independência de Moçambique
DIA 26 – Independência da Somália
Dia Internacional de Apoio às Vitimas de Tortura (ONU – 1945)


PILULAS
No mês de outubro deste ano, será realizada mais uma eleição no Brasil, e fica uma pergunta: Os negros e negras compõe a maior camada da população no estado de São Paulo, representamos
4,5mm (quatro milhões e quinhentas mil pessoas) só na capital paulista.

Será que com número populacional tão expressivo continuaremos a ter apenas um parlamentar eleito em cada casa legislativa?



C A L E N D Á R I O

DIA 06 às 19H
TERCEIRO PRÊMIO DOTOTHY STANG
Realização: Movimento Nacional dos Catadores de MateriaisRecicláveis/SP


Associação Garça Vermelha Apopio: Mandato do Vereador ITALO CARDOSO
Local: Câmara Municipal de São Paulo
Viaduto Jacarei nº 100 - Centro/SP
SALÃO NOBRE DIA 07 às 15H

Missa de ação de graças pelo jubileu de 50 anos de ordenação sacerdotal do Sacerdote Missionário Pe. João Drexel – Oblato de Maria Imaculada.
Local: Catedral Metropolitana de São Paulo.


DIA 17 às 19H Suculento jantar: NOITE DAS MASSAS
Organização: Pastoral Afro Jesus Adolescente
Local: Rua Arquiteto Heitor de Melo n° 97
Vila Dalila Convites no local

DIA 21 e 22 ENCONTRÃO DA PASTORAL AFROBRASILEIRA DA Diocese de São Miguel Paulista Encontro de formação e aprofundamento
Local: Centro Pastoral da Cúria da Diocese de São Miguel Paulista
Contato: Sra. Simone – (11) 8043-5211


DIA 09 às 18H GRANDIOSA E MONUMENTAL FESTA DE
NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO e SÃO BENEDITO (210 anos)
MISSA NO RITO ROMANO INCULTURADA EM ESTILO AFROBRASILEIRO
Organização: Pastoral Afro da Diocese de São Miguel Paulista
Local: Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos da Penha de França Largo do Rosário/ Penha

DIA 17 às 09H MISSA CAMPAL em Louvor e Glória a
Nossa Senhora do Rosário e São Benedito.
Organização: Pastoral Afro da Diocese de São Miguel Paulista
Animação: Congadas, Guarda de Moçambique e Grupo Negritude Resistência e Fé.
Local: Largo do Rosário / Penha.



Saibe mais a respeito desta Pastoral afro-brasileiratelefone- (11)9581-8034 Email:guilhermebotelhojr@hotmail.com

O NEGRO E O CRISTIANISMO CATÓLICO
Neste breve relato, iremos expor o início da evangelização cristã católica em solo africano, e que esta catequese se dá através das Irmandades que foi o primeiro passo para implantação e consolidação do catolicismo no Brasil, e concomitantemente da Pastoral Afrobrasileira.

As Irmandades dos Homens Pretos e o culto a Nossa Senhora do Rosário, foi o arcabouço de fé usado para que os africanos da região setentrional da África fosse evangelizado no cristianismo católico.

 A data é anterior a 1500, data do “descobrimento” do Brasil. 
Não levaremos em consideração o Rito Copta, do Egito e da Etiópia, que se espalhou pela África no ano 451; nem os históricos de santa Ifigênia, são Mateus, os três papas africanos, santo Agostinho ou mesmo a dinastia do Leão de Judá, ou mesmo o exercito núbio que auxilia a primeira cruzada a vencer as batalhas e ocupa Jerusalém.
Durante o período colonial a Igreja no Brasil seguiu um caráter laico. Leigos participavam na construção das igrejas, nos atos do culto e na promoção de devoções. 

Uma das participações laicas mais destacadas no universo religioso católico brasileiro foram as irmandades religiosas. 
Um modelo eclesial que sustentou o sentido teológico das comunidades primitivas. 
Sua administração nunca entendeu a si mesma como submissas ao clero. 

O que caracteriza a irmandade é a participação do leigo no culto católico, eles se responsabilizam e promovem a parte devocional sem estímulo ou participação do clero, inclusive permitindo a participação de escravizados que haviam vivenciado esta prática religiosa na África. 

A finalidade especifica da irmandade é a promoção da devoção de um santo, um padroeiro, em uma capela ou em um simples átrio lateral na Igreja. 

Seu período áureo no Brasil abrange o período colonial e o imperial. Com a romanização da Igreja no Brasil, a Cúria Romana promove a marginalização e o fim das irmandades e de todas as atividades evangelizadora dos leigos.

Ao contrário do que se propaga o africano não podia e nem devia ser entendido como não gente, sem alma, sem religião, sem cultura, um bruto cuja natureza deveria ser domada, domesticada, cristianizada, e introduzido na cultura “ocidental”.

No ano de 496, concomitante à conversão dos francos na Europa, tem início a evangelização de povos da etnia lingüística Banto: Congo, Guiné e Angola. 

No ano de 1097 o exercito Núbio ao lado dos Cruzados, derrota o Islã e entra triunfalmente em Jerusalém.

Com o início da colonização portuguesa em Guiné (1446), é introduzida no cristianismo africano as Irmandades de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.

O navegador português Diogo Cão, chegou ao CONGO em 1482 e, enviou uma delegação com presentes ao Manicongo (rei do Congo) Mbanza. 

Diogo retornou para Portugal em 1483, com quatro congoleses que lá foram catequizados e batizados.

 Ao retornar levando os nativos em 1484, o rei do Congo Nzinga-a-Nkuvu, enviou uma embaixada com presentes para o rei de Portugal D. João II e, solicitou que lhe fosse enviado missionários para evangelização do seu povo. 

O embaixador Caçuta e seus companheiros foram então batizados. Em 19/12/1490 partiram de Lisboa os primeiros missionários, que chegando ao Congo batizou o conde de Soyo e foram a seguir até Mbanza e batizaram o rei do Congo.




O poderoso rei do Congo Nzinga-a-Nkuvu fez uma aliança com os portugueses em 1491. 
O rei sentado em um trono de marfim recebeu os presentes do monarca português: louças, talheres de ouro e de prata, alfaias do culto, pratos de ouro e de prata, peças de brocados, seda, veludo de carmesim, rabos de cavalo guarnecidos de ouro e de prata, e, uma cruz de prata benta pelo papa Inocêncio VIII (1484-1491).

 Após a entrega dos presentes, a comitiva portuguesa se ajoelhou prestando referência ao rei Nizinga-a-Nkuvu, figura de um negro retinto, com o tronco nu, careca, ostentando um rabo de cavalo com um diadema cravejado de pedras preciosas e pendente no ombro, um manto de damasco que levemente o cobria dos ombros até os pés.

Deu-se o início a evangelização e catequese dos congoleses membros da corte, enquanto se erigia a primeira Igreja, para ser inaugurada quando o rei fosse batizado. 

Entretanto, a revolta dos Anzicas, levou o rei para a guerra e como não pretendia ir pagão, antecipou a cerimônia, recebendo na pia batismal o nome de D. João I, enquanto sua rainha recebeu o nome de Leonor.

Em 1521 praticamente no início da colonização do Brasil, o rei de Portugal recebeu como seu igual o rei do Congo MBUMBA-Á-NIZINGA, batizado como Dom Afonso, posteriormente (na mesma viagem), foi recebido pelo papa Leão X (1513-1521) a exemplo dos reis cristãos, que eram recebido com todas as honras por sua santidade. 

Desta embaixada para Roma, fez parte da comitiva D. Henrique filho de D. Afonso que veio a ser bispo titular de Útica e bispo auxiliar de Funchal (Portugal), é o primeiro bispo da África Austral. D. Henrique governou a Igreja do Congo de 1521 a 1531. 

Durante o reinado de D. Afonso, ele sempre foi tratado pelo rei de Portugal como seu igual. 

Como sal e fermento, o catolicismo criou raízes e praticamente se desenvolveu por todo território africano. 

Destacamos que o povo africano em momento algum, e mesmo hoje abandona sua tradição religiosa, que tem o significado de ser a raiz de toda realidade de ser africano.

Em 25/05/1596 foi criada a Diocese do Congo, diocese que é mais antiga do que qualquer diocese no Brasil.

No ano de 2009, o papa Bento XVI comemorou e celebrou os quinhentos anos de evangelização em Angola, presidindo jubileu que só poderá acontecer no Brasil por volta do ano de 2050.

Estes atos põem por terra a ideologia de que os africanos escravizados necessitavam das benesses portuguesas para alcançar a alforria intelectual, moral e cristã.

No próximo mês, relataremos essa rica experiência religiosa no Brasil.








 
 





















































































 
 
 




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